E se a sorte não fosse um acaso do destino? E a sorte fosse um dom, uma habilidade, que pudéssemos melhorar e aumentar, se nós a exercitássemos? Como seria se a sorte fosse algo que pudéssemos ganhar, ou perder? Ou o conceito de sorte é apenas a cética série de coincidências movidas por uma fé cega?
Dei um pulinho na locadora hoje com a intenção de alugar, mas acabei comprando o sensacional Intacto, filme espanhol do diretor Juan Carlos Fresnadillo, que dirige também o aguardadíssimo (pelo menos por este que vos escreve) Extermínio 2.
Nele, vemos uma trama em que ter sorte é a diferença entre ganhar ou perder nos jogos mostrados no filme. Mas não são jogos comuns, como baralho e outros jogos de azar. São jogos como atravessar uma rodovia com os olhos vendados, e por aí vai. Os prêmios são altos, como casas, carros, dedos humanos... Há uma hora que quem consegue ganhar consegue “ficar” com a sorte de outras pessoas, que são como itens valiosos usados nas apostas.
Estranho dizer desta forma, trabalhar com o conceito de que um atributo como a sorte pode ser trocada, tirada ou transferida, mas à medida que a trama se desenrola isto acaba ficando perfeitamente plausível.
A produção inteira é incrível. No entanto, existem duas seqüências que eu queria destacar: a primeir, que ocorre numa floresta e que quem já assistiu deve ter ficado com o coração na mão; a segunda, é o jogo final, que transparece que a idéia do filme todo foi apenas uma preparação para ele.
Colocando em poucas palavras, sendo totalmente fora do convencional, Intacto é bom por suas próprias qualidades, e não tem nada de sorte nisso.
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