segunda-feira, 23 de abril de 2007

Videogueime do mal

Hoje eu acordei realmente cedo, por volta das 4:30 da manhã. Tive outro ataque de insight (isso tá começando a ficar freqüente). A solução foi ir pro computador por as idéias em pratica e só sair dele depois de ter terminado. O resultado? Os fundos pros slides da apresentação do Bola na Daniela e a capa e contracapa do trabalho.

Enquanto eu tava fazendo isso tava passando no Fala Brasil uma matéria sobre uma pesquisa na Europa, que prova que jogos de corrida influenciam nos acidentes de trânsito. Aí a reportagem mostrava jovens num fliperama jogando e dizendo que, quando dirigiam de verdade, se sentiam como no jogo e isso dava vontade de acelerar mais.

Besteira! Será que a anta não consegue diferenciar a vida real da virtual? Será que se ela meter o carro num poste ela pode pausar e dar restart? Há muito já se discute isso, dizendo que os jogos influenciam atos violentos e comportamentos anti sociais. Será que se eu jogar Mortal Kombat e encontrar algum desafeto na rua eu vou querer dar um fatality nele? Ou quem sabe dar um Hadouken? Espero que pelo menos minha barra de especial esteja cheia!

Uma reportagem parecida eu já tinha assistido há algumas semanas, em que se falava de jogos violentos, pelo que aconteceu com o carinha que entrou metralhando na faculdade dos E.U. e A. (Borat forever!). A reporter dizia pro telespectador que havia jogos “que ganha quem matar mais e derramar mais sangue”. Me dá uma cópia desse, por favor!

Como um amigo escreveu em seu blog há alguns dias, o documentário de Michael Moore (Tiros em Columbine) está mais atual do que nunca. Na chacina mais famosa dos E.U e A, 2 rapazes entraram fazendo miséria numa escola em Columbine, mandando um monte pro saco. Dias depois disseram que eles jogavam muitos jogos violentos, como Doom e Quake. Não acho que vai demorar muito pra dizerem a mesma coisa em relação ao assassino da semana passada.

Sim, tudo é culpa dos games. Antes deles era o cinema, e depois veio a música. E a educação dos pais, não conta? O valores que o cara aprendeu na vida, como respeito, bom senso e a capacidade de discernimento não devem valer muito. Talvez os pais do chinezinho (ou coreano, sei lá) nunca o repreenderam por ter furado os olhos de um passarinho quando criança ou por ter brigado na escola, e morando nos E.U e A ele achou que resolveria seu problemas escolares arrebentando com todo mundo. Ah, e não vale contar o fato de que os E.U. e A. dão livre acesso a armas. É só ir na loja e comprar uma, simples assim. Lá a cultura e o amor às armas são quase igual ao samba aqui no Brasil. É por aí.

Ou você já viu alguma pessoa entrar numa escola no Japão e atirar em todo mundo? Bem, o Japão come videogame com farinha. Lá a indústria supera o cinema e os esportes em faturamento. E por que essas coisas não acontecem por lá (ou em qualquer outra parte do mundo)? Acho que é porque o povo americano é um povo sem noção mesmo. É só acontecer alguma coisa que lá vai o cara, com todo seu patriotismo e americanismo, meter a arma na fuça de alguém e dizer que ele tem toda a razão em fazer isso. É só ver a guerra do Iraque.

Bem, acho melhor eu deletar Doom 3 da máquina, esconder meu Mortal Kombat e meu Soul Calibur 3 e riscar o Need for Speed Underground e comprar uma arma pra me defender do mundo. Ah, só se eu morasse nos E.U. e A!

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Faleceu ontem Boris Yeltsin, ex-presidente russo e pudim de cana em tempo integral.

As empresas Smirnoff, Orlof e outras marcas de vodka do mundo estão de luto, em homenagem a um de seus maiores clientes.

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