segunda-feira, 30 de abril de 2007

Uma noite alucinante

O título acima é de um filme bagaceiro de terror. Nele, um cara tenta sobreviver uma noite numa casa no meio do mato, sofrento ataques de seres sobrenaturais. Eu não precisei matar ninguém, mas minha noite chegou perto disso.

Como falei anteriormente, hoje eu iria sair com um amigo e o programa do dia seria um teatro ou um cinema. Eu fui me fodendo antes mesmo de sair de casa.

Pedi pro meu pai me levar até a estação de trem de Poá, que é longe pra caralho de casa. Como ele não queria deixar de assistir o futebol, resolvi ir a pé. Resultado: 40 minutos de camelada.

Chegando na Paulista, nós vimos que a peça estava esgotada, então resolvemos assistir o documentário Cartola. Como a filme já havia começado, resolvemos tomar uma cerveja e esperar até a próxima seção.

Na hora de ir embora cada um foi pro seu canto. O plano era descer no Brás e pegr o trenzão até Poá, mas eu resolvi me dar ao luxo de gastar um pouco mais e pegar um ônibus no Metrô Vila Matilde. Foi o que fiz.

Depois de aguardar no ponto por cerca de uma hora, fui informado que o ônibus que vinha foi assaltado e o próximo só viria à 1 da manhã. Nisso já era 23:30, então resolvi pegar umâ lotação que passa perto da Av. São Miguel, e de lá eu pego outra condução pra ir pra casa.

O que esse idiota não viu é que pegou a lotação errada, parando um pouco longe do lugar que eu queria. A solução foi dar uma corridinha até a avenida. quanto eu tava virando uma esquina, dou de cara com uma viatura. Ela jogou o farou em mim e me mandou parar. Meu plano de chegar um pouco cedo no ponto de ônibus foi pro buraco.

Depois de um enquadro básico, resolvi ir andando pro ponto (vai saber né!). Chegando lá, esperei por cerca de 1 hora um ônibus intermunicipal, que me levou os meus últimos R$ 3,50 na porra da passagem.

O foda dessa linha de ônibus é que ela me deixa muito, mas muito longe de casa. (lembra dos 40 minutos lá em cima? Multiplique por 2). E não acabou! Quase chegando em casa, passou um carro do meu lado cheio de marmanjo gritando "aê viadinho!". Pensei em toneladas de palavrões, mas me contentei em apenas mandá-los tomar no cú.

Chegando em casa, burro que sou, lembrei que não tinha a chave de casa. tive que pular o portão e acordar minha mãe. Depois de uma enrrabada dela, finalmente entrei em casa.

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Atualmente estou lendo O Mundo de Sofia. Hoje, no metrô a caminho da Av. Paulista, me dearei com uma frase no mínimo intrigante:

"Assim como certas religiões do mundo chamam de ateus os homem que não acreditam num Deus pessoal além de si mesmos, dizemos que é ateu aquele que não acredita em si mesmo. Não acreditar no esplendor da própria alma: isto é o que chamamos de ateísmo."

Será que isso é um sinal? Será que eu tenho que refazer as pazes com JC e seu pai? Será que é a resposta pela minha falta de coragem em falar certas coisas, em "ser" homem?

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