As academias de ginástica, musculação, afins e ltda possuem três tipinhos básicos: os marombados, as gostosas e eu.
Hoje teve início a minha jornada nesse mundo desconhecido, a academia, do grego Akademía, do latim academia, do italiano accademia e do francês academie(Capitão Nascimento, sacou?), que originalmente era uma escola criada por Platão em 387 a.C., situada nos jardins consagrados ao herói ateniense Academus, e que, embora destinada oficialmente ao culto das musas, teve intensa atividade filosófica. Rá! Quem disse que não aprendi nada com a obra de Jostein Gaarder levanta a mão!
Agora destinada ao culto ao corpo perfeito, me matriculei na Bio Ritmo com a principal intenção de acompanhar uma amiga na sua homérica luta contra a malfadada barriga de panetone, coisa que só ela enxerga e quer se ver livre. Apesar disso achei que era hora de dar uma ripa no meu corpo e tentar definir essa massa disforme de flesh, blood and bones, como vi num filme de terror um dia desses.
Quem me conhece sabe que sou um puta atleta na difícil arte de apertar botões, quem sabe até um Finger Hero. Mas com esportes a coisa muda de figura. Era sempre o último a ser escolhido nas aulas de educação física; não soltava pipa e muito menos ficava correndo atrás deles. E com isso, ao longo dos anos, consegui um condicionamento físico invejoso, daqueles que só de subir uma escada rolante já fico sem ar.
Então resolvi ir à luta com mais vontade. Acabar com esse formato de pão pullman, apelido que me traumatiza até hoje. Tentar cuidar da minha saúde enquanto ainda é tempo e não sou um velho decrépito e inválido, apesar que já sou assim na minha mente. Tenho que admitir que não será algo fácil.
A vista local agrada e ajuda a deixar os exercícios mais fáceis. Bundas de todos os tipos. Grandes e pequenas, brancas, pretas, de todas as cores possíveis, com e sem calcinha, malhadas e durinhas, todas apertadas em suas calças de lycra. Coisa bonita de se ver, no mínimo.
Coisa feia é no vestiário (ou vestuário, não sei). Pessoas peladas, com suas pirocas balançando, a visão do inferno. “O horror, o horror”, citando outro filme de terror. “O paraíso” citando um amigo gay. Prefiro vir fedido no trem a ter que tomar banho num lugar desses. Coitado do passageiro ao meu lado, mas assim será.
Isso causará também um arrombo nas minhas finanças, que vão desde mochila nova (a minha do Gatorade já deu o que tinha que dar) passando por bermudas e camisetas, até chegar num tênis novo, já que All Star não rola. Sem falar que já paguei 6 meses da academia, do grego Akademía, do latim academia, do italiano accademia e blá blá blá.
Só pelos motivos citados no parágrafo acima eu tenho o dever e a honra de vencer o sedentarismo. Ou ir lá só pra ficar olhando as bundas alheias.
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Um comentário:
Cae você me faz rir, por isso não fico um dia sem vir até esse espaço...
Abraço.
Jr.
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