sábado, 1 de setembro de 2007

Papel de palhaço

Sabe quando você tem aquela dúvida que te atormenta, tira seu sono, aquela dúvida que te faz pensar (não, ter certeza) que estão te fazendo de palhaço, na sua frente? Mas você não fala nada, pois é apenas uma dúvida, algo que apenas você está imaginando, e então deixa pra lá.

Mas daí, de repente, como se fosse dito com a maior naturalidade do mundo, essa pessoa se confessa. Talvez ela até falou pensando que eu já soubesse de tudo, que eu já tivesse compreendido e (não, nunca!) aceitado o ocorrido. Ou talvez só depois lhe veio à mente a cagada que havia feito, o que havia dito. Não importa.

Depois do baque, começo a pensar nos momentos que me fizeram de trouxa, nos momentos que me cumprimentaram, que apertaram minha mão, me abraçaram e outras coisas mais, e no fundo (sempre) pensavam: seu idiota, imbecil, você não imagina as coisas que fizemos pelas suas costas.

Realmente, isso é o que dá confiar nas pessoas. Não vou dizer que sou inocente e confesso que já fiz coisas piores. Dos 10 mandamentos, acho que já desobedeci 11. Tudo bem, não creio nos 10, 11, 100 ou essa porra toda, então não dou a mínima e não temo o que (talvez) possa acontecer no futuro.

Mas e as pessoas que crêem?

Um comentário:

Taty Sputnik, disse...

Hahahahaha... Ai, Cae... segura esse texto enorme mas, de boa: você ainda é um menininho! As pessoas sempre vão te cumprimentar, sempre vão te beijar no rosto, dizer que te adora que é o cara mais genial e bacana do mundo e quando vira... pimba! Apunhalada nas costas! E o que fazer? Simples: as pessoas que mais te elogiam são as que mais pregam pregos nas suas costas. Nunca confiei naqueles que me elogiaram muito. Parece mentira, né? mas um filosofo doido disse que "o verdadeiro amigo não é aquele que te agrada com a mentira mas aquele que te machuca com a verdade". E é mesmo! Nunca aceitamos a verdade porque elas são duras e somos egoístas o suficiente em aceitá-las. A gente esconde tanta coisa dos amigos, cometemos tantas candices e falamos tantos disparates e perdemos o amigo mais precioso pelo ralo. Daí aparecem os oportunistas e sempre fechamos os olhos diante de tudo isso.
O mal do ser humano é isso...
E um pouco de "clichê" pra você: leve isso como uma experiência, porque a decepção é a melhor escola.

Ah, não se esqueça: você AINDA tem uma amiga... e que vai te machucar com a verdade!